Livro "Criaturas de um Dia e outras histórias de psicoterapia", de Irvin D. Yalom
- psicopalavra
- 19 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
O psiquiatra e psicoterapeuta americano Irvin D. Yalom, de 84 anos, escreveu um novo livro, desta feita de não-ficção, onde partilha dez histórias de pacientes que se deitaram no seu divã - "Criaturas de um Dia e outras histórias de psicoterapia" ("Creatures of a Day and Other Tales of Psychotherapy") -, o qual fora traduzido para português, por Casimiro da Piedade.
Como construir um sentido para a vida? Como lidar com o fim inevitável? Estas questões existenciais permeiam a narrativa do autor, sendo as histórias relatadas verdadeiros testemunhos comuns da humanidade, que deixam lições de esperança, na busca de um propósito e, ainda, na aceitação tranquila do envelhecimento e da morte. A efemeridade da vida é, de resto, a certeza universal.
Como escreveu o filósofo e imperador romano Marco Aurélio:
"Todos nós somos criaturas de um dia, tanto os que lembram quanto os que são lembrados."

Sinopse
"Há muito que aguardávamos por uma nova recolha de histórias do reconhecido psiquiatra Irvin Yalom com as descrições das duras batalhas dos seus pacientes, quando, finalmente, se deparam com os dois grandes dilemas existenciais: como ser detentor de uma vida com sentido e como lidar com o fim inevitável.
Nestas páginas conhecemos uma enfermeira, à deriva, numa vida miserável, que perdeu o filho, e que, como profissão, tem de consolar os outros das suas desgraças, que nunca parecem tão imensas como a sua. Conhecemos o homem de negócios de sucesso que, à beira do suicídio, desespera sobre os segredos que apodrecem qualquer relação que tenha. Conhecemos, também, uma psicóloga, cujo estudo sobre a condição humana fragmenta e danifica as memórias preciosas que tem de uma amiga há muito perdida. Conhecemos, ainda, um homem, cuja rejeição da filosofia força, inclusivamente, Yalom a lutar com uma crise de confiança.
Os seus nomes e histórias permanecerão na nossa memória muito depois de termos virado a última página.
Divertido, chocante e real, Criaturas de um Dia é uma declaração honesta sobre os obstáculos da vida humana, mas também uma celebração de alguns dos seus bens mais valiosos – amor, família e amizade."
Excertos
"Sinto-me abençoado por poder ajudar os outros, sobretudo os que estão a passar pelo mesmo que eu: velhice." (p. 113)
"Quando os pais morrem, sentimo-nos sempre vulneráveis, não só porque estamos a lidar com a perda, mas também a confrontar-nos com a nossa própria morte. Quando ficamos órfãos, passa a não haver ninguém entre nós e a sepultura." (p. 90)
"Uma vez que podemos nunca saber, com precisão, como é que ajudamos alguém, nós, os terapeutas, temos de aprender a conviver, confortavelmente, com o mistério, enquanto acompanhamos os pacientes nas suas jornadas de autodescoberta." (p. 234)
留言